O que fazer quando as despesas são maiores do que as receitas?
A administração de um condomínio se equivale a de uma empresa e, desta forma não é uma tarefa fácil manter o equilibrio entre o que se arrecada e o que se gasta.
O planejamento financeiro é fundamental para se determinar o valor da taxa condominial a ser definida na assembleia anual da prestação de contas, bem como a forma de demonstrar pelo Síndico aos condomínos desta necessidade, pois caso o planejamento e o poder de convencimento do aumento da taxa não forem bem aplicados, este aumento poderá não ser autorizado, prejudicando ao longo do ano os serviços que forem prestados ao condomínio (limpeza, vigilância, jardinagem, monitoramento, etc).
Com a falta de aprovação por conta destas deficiências (planejamento mal feito e poder de oratória ruim), muitas vezes não adianta o Síndico querer cortar gastos, pois pode prejudicar todo o funcionamento harmônico do local e ser alvo de críticas dos moradores.
Caso isso venha a acontecer, ou seja, não foi aprovado o aumento da taxa condominial para fazer frente as despesas e estas precisarem ser realizadas e consequentemente pagas, o Síndico poderá se utilizar de três caminhos:
• Convocar uma nova assembleia para discutir o assunto e tentar mais uma vez o aumento da taxa condominial;
• Recorrer ao Fundo de Reserva, se assim a convenção ou regulamento interno permitir;
• Em último caso, mandar emitir boletos de DESPESAS EXTRAORDINÁRIAS, em nome do inciso V do artigo 1.348 do Código Civil (Decreto nº 10406/02)
Logicamente que a terceira solução, deverá trazer um grande desgaste para o Síndico que perderá muito a governabilidade e que o melhor caminho sempre será o do dialógo e as discussões dos temas em conjunto com todos.
Nesse cao, tal situação deverá servir de alerta para que o síndico promova mudanças em seu jeito de administrar, planejar e convencer.